Telas Dobráveis - Algo realmente necessario?

              

Como eu havia dito a uns dias atrás. Aqui está uma breve opinião minha sobre essa histeria toda com aparelhos de telas dobáveis e bla bla bla.






Desde muito tempo, se pensava como seria se os celulares tivessem telas curvas (aqui um conceito de 6 anos atras) e depois de muito tempo imaginando, ELAS FINALMENTE CHEGARAM - E não foi tudo isso....


3 Empresas se jogaram nesse conceito até agora:  O Galaxy Fold, da Samsung, o Mate X da Huawei e o Mi Fold (Pessimo nome alias) da Xiaomi.
Desses 3 apenas o Galaxy chegou as mãos de alguns sortudos (talvez nem tanto) usuários que logo relataram vários problemas com o aparelho. Dentre eles o maior deles foi que parte da tela, e em alguns casos a tela toda, Parou de funcionar depois de abrir e fechar algumas vezes e isso num aparelho que seu maior ponto de venda é justamente ser dobrável não é nem um pouco legal.
"Mas Gabriel veja bem, trata-se de um protótipo, os que deram problema ainda eram só teste". Sim, eu sei, e a Samsung disse que fez exausivos testes e consegiu dobrar o aparelho 200 mil vezes sem que ele estragasse.
E não duvide deles, a Samsung realmente fez e faz muitos testes em seus aparelhos. Mas infelizmente esses testes foram feitos em laboratórios limpos, esterlizados e climatizados. MUITO diferente do que temos na vida real né.

(Cima Esq.: Galaxy Fold. Cima Dir.: Mi Fold. Embaixo: Mate X)

A Huawei até onde sei não lançou seu smart ainda, apenas demonstrou pro publico, ja a Xiaomi Nem isso. Mostrou apenas um video teaser. 

Porém, onde quero chegar é num ponto que parece que ninguem se preocupou: é uma escolha inteligente colocar uma tecnologia tão nova e em algo que é usado o tempo todo praticamente sem interrupção? 

"Mas Gabriel, voce é contra as telas dobráveis?" 

NÃO! Meu ponto é apenas achar que não é legal colocar algo novo, que é tão susetivel a erros em um eletronico que provavelmente é o mais usado do mundo hoje em dia.

Um recurso dele devia primeiramente estar em aparelhos que dobrar seria menos usado, num relógio por exemplo, a pessoa dobraria apenas quando fosse tirar ou vestir o relógio.

Isso faria com que a confiança no aparelho fosse maior, já que agora os celulares dobráveis ficaram manchados como algo que não é confiável, que quebra facil e é muito fragil.

Talvez em TV's também seria uma boa escolha, onde alguem podia diminuir a tv de tamanho pra colocar em outro lugar, ou até mesmo monitores, onde voce poderia usar ele em menor tamanho pra fazer tarefas normais e depos abrir ele (deixando ultra wide por exemplo) pra jogar ou ver filme. 

Ou até mesmo num carro, naquelas telas multimidias, ela fecha quando desliga o carro e abre quando voce for sair com o carro.

Havia muitos lugares pra testar essa tecnologia antes de colocar em um aparelho tão usado como um Smartphone. Porém, agora não tem mais jeito, quem não criar, ou pelo menos indicar que está fazendo, um smartphone dobrável vai parecer que está atrasada.

Enquanto isso, a Microsoft fez uma jogada maravilhosa, embarcando nessa onda e anunciou o Surface duo. um tablet dobrável de uma maneira inteligente: Duas telas que quando aberto parece uma.

"Mas pegar duas telas e juntar não é inovação, isso ja existe!"

Ora, inovação não é só criar algo novo, inovação também é dar um novo sentido pra algo que já existe. Se fosse seguir a linha de raciocnio acima, o Iphone não teria sido uma inovação. As Smart TVs não teriam sido uma inovação e muito menos o automóvel. Ja que tudo isso já existia quando eles foram apresentados ao mundo.

A ideia da Microsoft foi boa pois ela fez um aparelho dobrável, que pelo menos no trailer apresenta ter sido bem pensada e aproveitada, e sem o risco de dar algum problema que aconteceu no Galax Fold, já que nenhuma das telas dobra de verdade. Além de que o software parece muito bem otimizado pro uso em 2 telas. Algo que o Fold não parecia muito ser.

De todo modo, teremos que aguardar pra ver como será daqui a uns anos. E saber se a industria da tecnologia deu mesmo um passo certo pra um futuro diferente.